Você já teve a sensação de que está cada vez mais difícil manter o foco? Vivemos mergulhados numa chuva de estímulos – e isso tem efeitos mensuráveis sobre o cérebro. Veja quais são, e entenda a real sobre a moda que tomou as redes sociais: o jejum de dopamina. Por Bruno Garattoni e Maurício Brum (colaboraram Fernanda Simoneto e Valentina Bressan) Em 9 de janeiro de 2007, às 10h da manhã, um Steve Jobs saudável subiu ao palco do Moscone Center, espaço de eventos que a Apple alugava em São Francisco. “Vamos fazer história hoje”, disse. O iPhone não nasceu bem (dois meses após o lançamento, a Apple teve de cortar seu preço em 30%), mas acabou decolando. Vieram os aplicativos, redes sociais, o Android, a massificação. Hoje, 6,4 bilhões de pessoas têm um smartphone – superando com folga o saneamento básico, que chega a 4,4 bilhões. É bizarro, mas até tem seu nexo: o instinto humano de encontrar algo interessante, e prestar atenção àquilo, é tão primal quanto as necessidades fisiológicas.
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O significado disso é o seguinte: conecte-se ao seu treinamento da mente e se engaje nessa prática em todos os momentos — quando está feliz ou na tragédia, na prosperidade ou pobreza; em todos os lugares — em seu país ou em outros; em todos os contextos — em um monastério ou em outros ambientes; durante todas as atividades, como caminhar, dormir e tudo mais; e em relação a todos os objetos de seus seis sentidos, como visão, audição, memória e pensamento.
Entre os objetos de seus seis sentidos, estão dois tipos: aqueles que são desejáveis e aqueles que não são. Reconhecendo essas duas classes, doe o que for desejável aos seres sencientes e pegue para si o que for indesejável.
Assim, ao se engajar em qualquer atividade — viajar, passear e tudo mais — tudo que encontrar, conforme essas duas classes, mesmo na cama antes de dormir, pense: “Vou tomar para mim todos os sofrimentos dos seres sencientes e suas causas; vou doar a eles meu corpo, bens materiais, tudo, e vou ajudar todos a alcançar o estado búdico”.
Devido a isso, seus momentos de sono vão se tornar parte da prática de trocar “eu” e “outros”; esse treinamento pode ser efetivo mesmo em seus sonhos, assim como está descrito nos sutras, conforme explicou o mestre.
Könchok Gyaltsen (Tibete, ano 1388 ~ 1469) em “Suplemento à Tradição Oral”, “Mind Training”.