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A Felicidade e Compaixão no Google é Inspirada no Budismo

GOOGLE, Uma das empresas mais valiosas do mundo. Uma das que mais cresce. Inquestionavelmente inovadora. Estimula seus colaboradores a praticar... compaixão.


Este colaborador do Google (Chade-Meng Tan) desenvolveu um programa que se destina a desenvolver a inteligência emocional das pessoas que trabalham na empresa.

Por que?

Segundo ele, porque isso é bom, divertido e está na base da atitude que faz do Google uma das companhias de maior sucesso no mundo hoje.

Curioso: todos os dias, milhares de empreendedores acordam todos os dias sonhando em fazer de suas empresas o próximo Google.

Quantos destes vão se permitir assistir este vídeo. Quantos vão se permitir dar atenção a este aspecto aparentemente tão distante dos lucros e da rentabilidade?

Chade-Meng Tan, ou apenas Meng, foi um dos primeiros engenheiros do Google, e atualmente trabalha no GoogleEDU como chefe de crescimento pessoal.

Ele foi um dos palestrantes de “Criando um mundo compassivo”, evento organizado pelo TED e pelas Nações Unidas para comemorar o primeiro aniversário da Carta pela Compaixão, iniciativa da historiadora Karen Armstrong.

Há pouco, Meng publicou em seu blog suas anotações da apresentação que fez, tendo como inspiração o desafio de tornar efetiva a prática da compaixão nos dias de hoje. Meng:
Se a compaixão for uma obrigação, ninguém a praticará, exceto, talvez, o Dalai-Lama. Mas se a compaixão for divertida, todos a praticarão. Portanto, para criar as condições para uma compaixão global, tudo o que temos de fazer é conceber a compaixão como algo que seja divertido.
Mas ser divertido não é o bastante. E se a compaixão também for lucrativa? Se a compaixão também for boa para os negócios, qualquer chefe vai querê-la.


Meng descreve em seu texto algumas iniciativas compassivas desenvolvidas no Google, iniciativas que oferecem insights sobre como tornar a compaixão divertida e como trazê-la para o centro de nossa vida e de nosso negócio. Todas são dicas práticas, e algumas delas têm interessantes pontos em comum com ensinamentos budistas tradicionais, por exemplo, com os ensinamentos sobre as 4 dignidades representadas pelo tigre, leão, garuda e dragão.

Compaixão como iniciativa de base:

No Google, expressões de compaixão corporativa [...] começam com um pequeno grupo de funcionários, que têm a iniciativa de fazer algo. Geralmente não pedem permissão, apenas vão em frente e fazem. Outros funcionários se juntam. E algumas vezes a iniciativa cresce e se torna oficial. Em outras palavras, essas expressões quase sempre começam de baixo para cima.



Principais benefícios: líderes altamente eficientes e trabalhadores inspirados

Há 3 componentes na compaixão: o componente cognitivo (“eu o entendo”); o componente afetivo (“sinto por você”); e o componente motivacional (“quero ajudá-lo”).



O que isso tem a ver com liderança nos negócios?

De acordo com o abrangente estudo de Jim Collins, documentado em seu livro Empresas feitas para vencer [tradução brasileira de Good to great], é necessário um tipo de líder bem especial para que uma boa empresa se torne uma grande empresa. Ele atribui a esses líderes a denominação de “Nível 5”. São líderes que, além de serem altamente capazes, também possuem 2 importantes qualidades: uma grande ambição e humildade pessoal. São líderes altamente ambiciosos pelo bem maior, e porque sua atenção está centrada no bem maior, não sentem necessidade de inflar seu próprio ego. Isso os torna altamente eficientes e inspiradores.

Considerando essas qualidades no contexto da compaixão, notamos que os componentes cognitivo e afetivo da compaixão ― compreender as pessoas e desenvolver empatia por elas ― suavizam qualquer obsessão excessiva por nós mesmos que possamos ter, e assim criam as condições para a humildade. O componente motivacional da compaixão cria a ambição para o bem maior.

Em outras palavras, a compaixão é a maneira de desenvolver líderes de “nível 5”. Este é o primeiro benefício significativo da compaixão para os negócios.

O segundo benefício é que a compaixão cria trabalhadores inspirados. Os funcionários inspiram-se mutuamente na direção do bem maior. Isso cria uma comunidade vibrante e ativa, na qual as pessoas admiram e respeitam umas às outras. Se pela manhã você chega ao trabalho e seus companheiros acabam de decidir construir um centro médico na Índia, não há como não ser inspirado por eles. Essa inspiração mútua promove a colaboração, a iniciativa e a criatividade. Isso nos torna uma companhia altamente eficiente.

3 passos

Passo 1: treino da atenção.
A atenção é a base de todas as habilidades cognitivas e emocionais superiores. Portanto, qualquer currículo de treinamento da inteligência emocional deve começar com o treino da atenção. A ideia é treinar a atenção para criar uma qualidade mental que seja calma e clara ao mesmo tempo, e isso cria o fundamento da inteligência emocional.



Passo 2: autoconhecimento e autodomínio
Use a atenção focalizada para criar uma percepção aguda dos processos cognitivos e emotivos. Desenvolva a capacidade de observar as correntes de pensamento e o processo emotivo com alta clareza, objetivamente, de uma perspectiva de terceira pessoa. Tendo feito isso, você criará o tipo de autoconhecimento que possibilita o autodomínio.



Passo 3: crie novos hábitos mentais.
Sempre que encontrar alguém, imagine que seu primeiro pensamento, habitual e instintivo, seja: “Desejo que essa pessoa seja feliz”. Tais hábitos mudam tudo no trabalho, porque essa sincera boa vontade é percebida inconscientemente pelos outros, e surge a confiança. Isso também cria as condições para a compaixão nos espaços de trabalho.



Leia a transcrição retirada daqui: ZAFÚ BLOG  ou no blog de Meng,Ou no vídeo:O vídeo está disponível em http://on.ted.com/Meng .

Qual é a aparência do homem mais feliz do mundo?

Com certeza ele não se parece comigo.

Ele parece com isso. Seu nome é Matthieu Ricard. 

Então como você se torna o homem mais feliz do mundo? Acontece que existe uma forma de medir felicidade no cérebro. E você faz isso medindo a ativação relativa do córtex pré-frontal esquerdo na IRMF, contra o córtex pré-frontal direito.

E a medida da felicidade de Matthieu é acima de qualquer padrão. Ele é de longe um dos homens mais feliz já medido pela ciência. O que nos leva a perguntar: O que ele estava pensando enquanto estava sendo medido? Talvez algo indecente. (Risos) Na verdade, ele estava meditando sobre compaixão. A própria experiência de Matthieu é que compaixão é o estado mais feliz que existe.

Ler sobre Matthieu foi um dos grandes momentos cruciais da minha vida. Meu sonho é criar as condições para alcançar a paz mundial durante minha vida – e fazer isso criando as condições para ter paz interior e compaixão em uma escala global.

E aprender sobre o Matthieu me deu uma novo forma de olhar meu trabalho.

O scan do cérebro do Mattieu mostra que compaixão não é uma tarefa. Compaixão é algo que cria felicidade. Compaixão é divertida. E essa reflexão incrível muda todo o jogo. Porque se compaixão fosse uma tarefa ninguém a faria, exceto o Dalai Lama ou alguém parecido. Porém, se a compaixão é divertida todos vão querer praticá-la. Assim, para criar as condiçoes que levam à compaixão em nível global, tudo que temos que fazer é redefinir compaixão como algo divertido.

Mas ser divertido não é o suficiente. E se compaixão também fosse lucrativa? E se compaixão também fosse boa para os negócios? Então, todos os chefes, e todos os gerentes do mundo vão querer ter compaixão – desta forma. Isto criaria as condiçoes para a paz mundial. Então, comecei a prestar atenção ao significado de compaixão no ambiente dos negócios. Por sorte, não tive que olhar muito longe. Porque estava diante dos meus olhos no Google, na minha empresa.

Sei que existem outras empresas compassivas pelo mundo mas conheço o Google porque trabalho lá há 10 anos, então vou usar o Google como estudo de caso. O Google é uma empresa nascida do idealismo. É uma empresa que vive de idealismo. E talvez por causa disso, a compaixão é orgânica e distribuída por toda a companhia. No Google, expressões de compaixão corporativa quase sempre seguem o mesmo padrão. É um padrão meio que engraçado. Ele começa com um pequeno grupo de Googlers tomando a iniciativa de fazer algo. E eles geralmente não pedem permissão. Eles apenas vão em frente e fazem, e outros Googlers se juntam, e isso começa a crescer e crescer. E às vezes isso fica grande o suficiente para se tornar oficial. Em outras palavras, isso quase sempre começa nas bases.

Vou dar alguns exemplos. O primeiro é o maior evento comunitário anual – onde Googlers do mundo inteiro doam seu trabalho para as comunidades locais – foi iniciado e organizado por três funcionários antes de se tornar oficial – porque se tornou grande demais. Outro exemplo, três Googlers – um cozinheiro, um engenheiro e, curiosamente, um massagista – souberam de uma região na Índia onde 200 mil pessoas vivem sem nenhum posto de saúde. Então o que eles fazem? Eles se mobilizam para arrecadar fundos. E eles arrecadaram dinheiro suficiente para construir esse hospital – o primeiro hospital desse tipo para 200 mil pessoas. Durante o terremoto do Haiti, vários engenheiros e gerentes de produção se juntaram espontaneamente e passaram noites construindo uma ferramenta que permitisse que as vítimas de terremotos encontrassem seus entes queridos. E expressões de compaixão também são encontradas em nossos escritórios internacionais.

Na China, por exemplo, um funcionário de nível médio iniciou a maior competição de ações sociais na China envolvendo mais de mil escolas – trabalhando em áreas como educação, pobreza, saúde e meio ambiente. Há tantas ações sociais orgânicas por toda o Google, que a empresa decidiu formar uma equipe de responsabilidade social apenas para apoiar esses esforços. E essa ideia, novamente, veio a partir das bases, de dois Googlers que escreveram suas próprias descrições de cargo e se voluntariaram para isso. E eu acho fascinante que a equipe de responsabilidade social não foi formada como parte de alguma grande estratégia corporativa. Foi como duas pessoas dizerem: “Vamos fazer isso”, e a empresa disse: “Sim.” E por isso a Google é uma empresa compassiva pois os Googlers descobriram que compaixão é divertida.

Mas novamente, diversão não é suficiente. Há também outros benefícios corporativos concretos. E quais são? O primeiro benefício da compaixão é que cria líderes corporativos muito eficientes. O que isso significa? Há três componentes de compaixão. Há o componente afetivo, que é: “eu sinto por você.” Há componente cognitivo, que é: “eu compreendo você.” E há um componente motivacional, que é: “eu quero ajudar você.” O que isso tem a ver com liderança nas empresas? De acordo com um estudo abrangente liderado por Jim Collins, e documentado no livro “De Bom à Excelente”, é necessário um tipo de líder muito especial para levar uma empresa de boa para excelente. E ele os chama de “líderes de nível cinco”. Esses são os líderes que, além de serem altamente capacitados, possuem duas qualidades importantes, que são humildade e ambição. Esses são os líderes que são extremamente ambiciosos pelo bem maior. E por serem ambiciosos pelo bem maior, não precisam inflar seus próprios egos. De acordo com a pesquisa, eles são os melhores líderes de negócios. E ao observar essas qualidades no contexto da compaixão, encontramos que os componentes cognitivos e afetivos da compaixão – compreender e simpatizar com pessoas – inibem e diminuem o que eu chamo de auto-obsessão excessiva interna – criando assim as condições para humildade.

O componente motivacional da compaixão cria ambição pelo bem maior. Em outras palavras, a compaixão é o caminho para cultivar líderes de nível 5. E este é o primeiro benefício para os negócios. O segundo benefício atrativo da compaixão é que isso cria uma equipe inspiradora. Os empregados se inspiram mutuamente em direção ao bem maior. Isso cria uma comunidade vibrante e enérgica onde as pessoas se admiram e respeitam uns aos outros. Quero dizer, você chega no trabalho de manhã, e você trabalha com três caras que simplesmente decidem construir um hospital na Índia. Como não ficar inspirado por essas pessoas – seus próprios colegas? Então essa inspiração mútua promove colaboração, iniciativa e criatividade. Isso nos torna uma empresa altamente eficiente.

Então, após dizer tudo isso, qual é a fórmula secreta para cultivar a compaixão no cenário corporativo? Em nossa experiência, há três ingredientes. O primeiro ingrediente é criar uma cultura de preocupação apaixonada pelo bem maior. Sempre reflita, como a sua empresa e seu trabalho estão servindo o bem maior? Ou, como você pode servir ainda mais o bem maior? A consciência de servir o bem maior é muito auto-inspiradora e isso cria solo fértil para desenvolver a compaixão. Isso é o primeiro.

O segundo ingrediente é autonomia. No Google, existe muita autonomia. Um dos nossos gerentes mais populares brinca com isso, isso é o que ele diz: “Google é o lugar onde os loucos mandam no hospício.” E ele se considera um dos loucos. Se você já possui uma cultura de compaixão e idealismo, e se você deixa seus empregados livres, eles vão fazer a coisa certa da forma mais compassiva possível.

O terceiro ingrediente é focar no desenvolvimento interno e crescimento pessoal. O treinamento de liderança na Google, por exemplo, coloca muita ênfase nas qualidades internas, como autoconsciência, autocontrole, empatia e compaixão, porque acreditamos que a liderança começa com o caráter. Nós até criamos um currículo de sete semanas sobre inteligência emocional, o qual apelidamos de “Procurando Dentro de Você Mesmo”. É menos indecente do que parece. Eu sou um engenheiro por formação, mas sou um dos criadores e instrutores desse curso, o que eu acho engraçado, pois essa é uma empresa que confia em engenheiros para ensinar inteligência emocional. Que empresa!

(Risos)

“Procurando Dentro de Você Mesmo” – como isso funciona? Isso funciona em três passos:

O primeiro passo é o treinar atenção.

A atenção é a base de todas as habilidades cognitivas e emocionais. Qualquer currículo para treinamento de inteligência emocional precisa começar treinando atenção. A ideia aqui é treinar atenção para criar uma mente que seja calma e clara ao mesmo tempo. E isso cria a fundação para inteligência emocional.

O segundo passo segue o primeiro.

O segundo passo é desenvolver autoconhecimento e autocontrole.

Então ao usar a atenção supercarregada do passo um, criamos uma percepção de alta resolução para os processos cognitivos e emocionais. O que isso significa? Isso significa estar apto para observar nosso fluxo mental e o processo da emoção com mais clareza, objetividade e a partir de uma perspectiva em terceira pessoa. E uma vez que você pode fazer isso, você cria o tipo de autoconhecimento que permite o autocontrole.

O terceiro passo, seguindo o segundo, é criar novos hábitos mentais.

O que isso significa? Imaginem isso. Imaginem que sempre que você encontra alguém, em qualquer hora que for, seu primeiro pensamento instintivo e habitual é: “Eu quero que você seja feliz. Eu quero que você seja feliz.” Imagine que você possa fazer isso. Ao ter esse hábito, esse hábito mental, tudo muda no trabalho. Pois essa boa vontade é inconscientemente percebida por outros, e isso cria confiança, e a confiança cria boas relações de trabalho. E isso cria as condições para compaixão no ambiente de trabalho.


Algum dia, esperamos divulgar gratuitamente o “Procurando Dentro de Você Mesmo” para que todos no mundo corporativo sejam capazes de usá-lo como uma referência.


E para fechar, eu quero terminar no mesmo lugar que comecei, com a felicidade.


Eu quero citar esse cara – o cara de túnica, não o outro cara – o Dalai Lama, que disse:


“Se você quer que os outros sejam felizes, pratique a compaixão. Se você quer ser feliz, pratique a compaixão.”

Eu descobri que isso é verdade, tanto no nível individual como no nível corporativo. E eu espero que essa compaixão seja divertida e lucrativa para vocês também.
Obrigado.

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