Pular para o conteúdo principal

MEDITAÇÃO É TÃO EFICIÊNTE QUANTO ANTIDEPRESSIVO PARA PREVENIR RECAÍDAS EM PACIENTES COM DEPRESSÃO


Cientistas do Centro de Dependência e Saúde Mental (CAMH), no Canadá, constataram que a terapia cognitiva baseada na meditação da mente alerta oferece o mesmo nível de proteção contra a recaída da depressão que a medicação antidepressiva tradicional.

O estudo, publicado na edição atual do Archives of General Psychiatry, comparou a eficácia da farmacoterapia com a meditação da mente alerta, estudando pessoas que foram inicialmente tratadas com antidepressivos e, em seguida, ou pararam de tomar a medicação a fim de praticar a meditação, ou continuaram a tomar medicação por 18 meses.

"Os dados disponíveis sugerem que muitos pacientes deprimidos param com a medicação antidepressiva muito cedo, seja por causa dos efeitos colaterais, seja por não quererem ficar tomando o medicamento durante anos," diz o Dr. Zindel Segal, coordenador do estudo.

Controle das emoções

A terapia cognitiva baseada na meditação é uma abordagem não-farmacológica que ensina habilidades no controle das emoções, de forma que os pacientes possam monitorar possíveis desencadeadores das recaídas, bem como adotar mudanças no estilo de vida que ajudem a manter um humor mais equilibrado.

Os participantes do estudo que foram diagnosticados com transtorno depressivo grave foram todos tratados com antidepressivos até a diminuição dos sintomas.

Eles foram então aleatoriamente designados para deixar a medicação e começar a aprender a técnica de meditação, deixar a medicação e receber um placebo, ou continuar com a medicação.

Essa proposta inovadora de pesquisa permite comparar a eficácia de prosseguir o tratamento farmacológico com um tratamento psicológico, em relação à manutenção do mesmo tratamento - antidepressivos - ao longo do tempo.

Os participantes escalados para a terapia com meditação participaram de 8 sessões semanais em grupo e se comprometiam a praticar diariamente em casa - uma espécie de dever de casa.

Foram realizadas avaliações clínicas a intervalos regulares em todos os participantes durante um período de 18 meses.

Recaída da depressão

As taxas de recaída para os pacientes no grupo da meditação foram as mesmas registradas entre os pacientes que continuaram recebendo antidepressivos - ambos na faixa de 30%.

Mas os pacientes que receberam placebo recaíram em uma taxa significativamente mais elevada - 70%.

"As implicações reais destes resultados é que eles confrontam diretamente a linha de frente dos tratamentos atuais da depressão. Para esse grupo considerável de pacientes que estão relutantes ou incapazes de tolerar o tratamento antidepressivo de manutenção, a meditação oferece o mesmo nível de proteção contra a recaída," disse o Dr. Segal.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

CONVERSAS ANÔNIMAS! VOCÊ, SEU NARCISISTA!!!

Gostaria de falar sobre esta postagem: Nada mais comum que uma postagem cheia de senso comum e conhecimento vulgar com uma compreensão enviesada do mundo. Tudo bem até aí? Só que não. Uma postagem assim além de reforçar o senso comum, lhe da uma validade. O que é ERRADO! A afirmação de que todo psicopata é narcisista é "FALSA"! E induz ao erro e preconceitos. Primeiro que não explica de que narcisismo se esta falando , segundo porque também não explica que o termo “psicopata” não é um diagnóstico válido descrito! Nem   está incluído no CID-10 e nem mesmo no DSM-5 ou em qualquer outro manual! Existe um natural "Narcisismo saudável", uma fase do comportamento que visa atender as próprias necessidades de forma equilibrada e respeitosa, sem prejudicar ou explorar os outros. Uma pessoa com narcisismo saudável tem uma autoimagem positiva, uma autoestima elevada, uma autoconfiança adequada e um nível aceitável de auto importância. O narcisismo saudável pode ser visto com

ATENÇÃO!

Você já teve a sensação de que está cada vez mais difícil manter o foco? Vivemos mergulhados numa chuva de estímulos – e isso tem efeitos mensuráveis sobre o cérebro. Veja quais são, e entenda a real sobre a moda que tomou as redes sociais: o jejum de dopamina. Por Bruno Garattoni e Maurício Brum (colaboraram Fernanda Simoneto e Valentina Bressan) Em 9 de janeiro de 2007, às 10h da manhã, um Steve Jobs saudável subiu ao palco do Moscone Center, espaço de eventos que a Apple alugava em São Francisco. “Vamos fazer história hoje”, disse. O iPhone não nasceu bem (dois meses após o lançamento, a Apple teve de cortar seu preço em 30%), mas acabou decolando. Vieram os aplicativos, redes sociais, o Android, a massificação. Hoje, 6,4 bilhões de pessoas têm um smartphone – superando com folga o saneamento básico, que chega a 4,4 bilhões. É bizarro, mas até tem seu nexo: o instinto humano de encontrar algo interessante, e prestar atenção àquilo, é tão primal quanto as necessidades fisiológicas.