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Quando o Mestre nos deixa uma prova...


Teste Espiritual ~~ Postado em Dragão
Quinta-feira, 29 de março de 2012.

A alegria de ser um guru* é quando ele ou ela fornece um teste para os alunos ou discípulos passar. Não importa se eles passarão por este teste com distinção ou não, pois o mais importante é, pelo menos, ver algum progresso e alguma melhoria. O trabalho de um guru é orientar. Especialmente gurus como nós, que temos uma responsabilidade muito pesada de orientação, devemos usar todas nossas habilidades, experiência e treinamentos. Se não formos capazes de orientar, se não houver um aluno seguindo a nossa orientação, isso significa que não temos emprego. Para um guru que não tem emprego aqui, seria melhor procurar um emprego em outro lugar.

Se você realmente quer ser um estudante genuíno ou discípulo, você tem que fazer um esforço para melhorar. Portanto, sempre que vejo melhora genuína e não uma melhora superficial em meus alunos e discípulos, a alegria que eu tenho é indescritível! Isso realmente me faz ganhar o dia! Claro, se eu não fosse um guru responsável, eu não me importaria como os meus alunos e discípulos ou mesmo, em como meus amigos vivem suas vidas. Enfim, se eles são úteis para mim financeiramente, ou se trabalharam sabiamente, poderá ser confortável, poderei viver bem, sendo apoiado de uma maneira tão grande que eu nem sequer terei de trabalhar, mas então eu me tornarei como uma sanguessuga na vida de alguém, sendo eu a única pessoa a se beneficiar nesta relação “devocional”. Para mim, isso é um absurdo! Eu não acho que eu seja e espero que eu realmente não seja esse tipo de guru. Ser um guru, um amigo ou guia espiritual tem sido a minha escolha pessoal por eras, se vocês quiserem saber, muito embora isso não faça muito sentido nestes tempos atuais. “Guru” não é mais respeitado como um “guru” porque há muitos gurus que não estão funcionando como gurus, ou talvez eles não têm chance de funcionar como gurus. Esses gurus tem que realmente agradar os alunos e discípulos, porque sem o seu apoio material eles não podem sobreviver neste mundo. Algumas pessoas que podem não ter a qualificação de um guia espiritual estão se tornando “gurus” muito famosos por causa de sua capacidade de se comunicar no mundo material. Espero que eles estejam levando seus alunos e seguidores na direção correta, caso contrário, será um acúmulo de karma negativo muito forte. Sempre digo ao meu filho [do coração], Khamtrul Rinpoche, que as pessoas nestes dias estão praticando ” devoção ao discípulo” e não “devoção ao guru”. Os gurus têm de ser dedicados aos discípulos ou aos alunos, caso contrário, estes gurus não terão alunos e não terão emprego. Esta é uma situação muito comovedora.

Lhes darei um exemplo muito interessante. Se colocarmos algumas palavras agradáveis de sabedoria em nosso Facebook, o “curti” será muito pouco. Talvez as pessoas olhem e logo irão embora. Mas se colocarmos uma notícia muito controversa ou alguma informação “apimentada”, então muitas pessoas vão pressionar “curti”. Uma das minhas amigas, que são celebridades muito famosas no ocidente, me disse que sempre que se coloca alguma informação boba como “estou com muita fome”, milhões de seus fãs irão “curtir ” essa frase, e ela mesma não entende o porquê. Ela estava experimentando postar mensagens diferentes e descobriu que as que são tolas atraem mais a atenção. Então a única coisa que posso dizer é que este mundo está realmente se tornando muito superficial e louco. Temos de ter cuidado, pois este é o lugar onde Mara e as emoções aflitivas nos amam para ficarmos preso: superficiais, preguiçosos, loucos, sem sabedoria, sempre zangados, sempre chorando, sempre chateados.

Agora, de volta para o “guru” do negócio. Acabei encontrando meu discípulo de muito tempo e tivemos uma horas muito agradáveis conversando sobre coisas diferentes. Muitos dos meus amigos e alunos, ou de meus fãs, sabem sobre a história do meu amado Senge alemão.

Estávamos falando de viver na Índia, Himalaia, Ladakh, Nepal e em diferentes lugares remotos. Perguntei-lhe se ele gosta ou não da sujeira da Índia. Ele respondeu que toda vez que ele vai para a Índia, ele gosta muito. A comida é ótima e a sujeira não é um problema. Ele acha muito divertido ir ao mercado, tomar uma xícara de chá no meio de uma rua muito movimentada e degradada e que ele também gosta de falar com as pessoas na rua. Nós indianos temos uma forma única de falar Inglês e inventamos novas palavras que não podem ser encontradas em nenhum dicionário. Sengela [“la” é um sufixo que, quando aderido ao nome da pessoa designa apreço, ago como “querido”] está sempre compartilhando comigo as novas pronúncias em ingles e em “hinglish” que ele aprendeu com os indianos. Perguntei-lhe sobre sua vida de volta para sua casa na Alemanha. Ele disse que a inclinação que leva até a casa dele é bastante íngreme, e que seu novo carro italiano não tem energia suficiente para subir a ladeira, então toda vez que ele está prestes a chegar em casa, ele chama sua filha Tara para descer a encosta para ajudá-lo a empurrar o carro. E ele ri sobre isto! Como quando eu o coloquei no comando do trabalho de reestruturação do Monastério de Hemis, nas geleiras de Ladakh. Ele estava lá, estava nevando ea temperatura era de menos 20 graus. Perguntei-lhe se ele sofreu em Ladakh ou não. Ele disse: “Não, Yishin Norbu [Jóia Realizadora de Desejos], estive me divertindo muito. A comida era fantástica. Mesmo que fosse um pouco frio, a paisagem era linda. Às vezes, o abade do Mosteiro Hemis vinha com um pouco de queijo de Yak e comíamos junto com o Tsampa. Eu tinha trazido barras de chocolate da Alemanha para me dar um prazer de vez em quando, mas eu tive que me forçar a comer uma barra de chocolate, porque não havia necessidade de contar com chocolate alemão para um deleite. Estar em Ladakh era um deleite! Obrigado, Yishin Norbu para enviar-me a Ladakh para trabalhar no monastério.” Na verdade, foi a primeira vez que ouvi sobre o “queijo de Yak”, nunca ouvira falar que tinha queijo de Yak, haha!

Este é o áuge da minha vida, quando eu sinto que meu trabalho como um guru é bem feito. Sengela me conheceu quando ambos estávamos muito jovem, ele era de fato um ou dois anos mais velho que eu. Por mais de 25 anos, tenho tentado o melhor para trabalhar com ele. Agora, eu realmente sinto que tenho feito um bom trabalho. Também estou muito feliz que Zangmola está seguindo esta pista, embora ela tenha sido minha aluna por apenas alguns anos. É sabido que de idade, ela também é mais velho que eu. Por que estou trazendo à tona o assunto de “idade”? É porque quando eu estava tendo uma conversa com o meu assistente pessoal Lobsang, nós estávamos falando sobre um incidente anos atrás, quando alguém argumentou com ele que Naropa não poderia ter nascido em 1016, porque se Naropa tivesse nascido em 1016, Marpa não poderia ser seu discípulo, uma vez que Marpa supostamente teria nascido em 1012, o que significa que Marpa era mais velho que Naropa, portanto, ele não poderia ser discípulo de Naropa. A lógica que um guru não pode ser mais jovem do que seus discípulos é muito interessante, talvez ele funcione nas escolas nos dias de hoje porque os professores têm de estudar durante anos e serem formados em universidades antes que eles possam ensinar as crianças pequenas nas escolas. A iluminação espiritual ou sua compreensão não pode ser medida pelo número de anos que se tenha envolvimento na prática formal e também não é sobre quanto tempo você tem sido um praticante ou o quanto você tem praticado. É sobre o quanto você transformou sua mente na direção positiva. Enfim, esta questão de “idade” me fez lembrar da conversa que tivemos há alguns dias.

Estou tão acostumado a ouvir as pessoas reclamarem sobre isso e aquilo, sobre essa pessoa e aquela outra, sobre sua vida. Especialmente quando eles vêm à minha pátria mãe Índia, eles sempre se queixam sobre a Índia e os indianos. Isso realmente me dá nos nervos…Eles dizem, “Delhi é tão imunda, a Índia é tão suja, a poluição está matando minha saúde, os indianos são tão ruins, eles são tão escuro, tão sujo. Eles são tão pobres, eles são tão rudes.” Nada de bom sobre a Índia… Mas eles estão escolhendo-me como seu guru, e eu sou indiano. Será que eles não entendem? Buda era indiano também. Naropa era indiano. Tilopa era indiano… Não só eles se queixam sobre a Índia, e olham a Índia e os indianos de cima para baixo, como quando voltam para casa, eles também se queixam sobre os seus parceiros, seus países, seus jatinhos particulares, os seus carros, seus sapatos… Uau! Sinto muito por eles, porque eles devem ser tão infelizes e tão angustiados… Não é de admirar, quando fui para Oxford um par de semanas atrás, foi-me dito que a depressão é agora um grande problema no ocidente, ou melhor, no mundo moderno.

Recentemente eu encontrei um amigo que, especialmente para mim, tem sido um defensor muito generoso da nossa linhagem. Ele estava dizendo que ele se sente muito feliz toda vez que entra em um templo. Então, ele teve de construir um templo perto de sua enorme casa, caso contrário, ele não poderia encontrar a paz e a felicidade. Ele ficaria perdido e deprimido e não seria capaz de dormir se templo não estivesse lá. Alguns podem dizer que ele é um ser muito espiritual, mas eu acho que isso não está certo. Este é o mesmo que acreditar que indo para a discoteca, tendo um bom consumo de álcool, e fofocando com os amigos, poderá lhe tornar feliz e fará você ter alguma auto-estima. Em vez de discoteca, este é um templo, mas no final, é o mesma coisa. Isto significa que sua força espiritual está muito fraca.

Estamos todos dotados de espiritualidade, é por isso que somos “seres vivos”, “ser-vivo” significa que todos nós temos a qualidade da espiritualidade, caso contrário, poderíamos ter a expressão “ter vida” ou “viver querendo”, caso tivéssemos apenas a qualidade do material. Os guru (me refiro aos gurus genuínos e sinceros que têm a motivação para ajudar, idependente das condições) estão lá para mostrar o caminho para você reencontrar seu próprio tesouro primordial da espiritualidade. Alguns foram capazes de revelar seus próprios tesouros, e isso é como encontrar um presente que estava perdido ou escondido. Todos nós temos esse dom, mas nós não percebem isso, por isso dia e noite ficamos loucos procurando lá fora por este dom. Este dom está dentro de nós, nascemos com ele. Gostaria de dizer ao meu amigo que já construiu um templo perto de sua enorme casa, que seria muito mais barato construir o templo em sua mente ou em seu coração. Com algum esforço diligente e alguma alegria, este templo pode ser muito bem construído. A outra maneira de olhar para isto é que este templo de alegria e felicidade já está em seu coração, coberto por todos os disparates, pelo mato, pelas árvores e pelos obscurecimentos, de modo que você não consegue encontrá-lo. Na forma moderna de dizer, não vão à discoteca. Encontre o disco em seu coração , em primeiro lugar, isso é mais seguro, e em segundo lugar, é gratuito.

Olhe para Sengela e olhe para Zangmola. Eles podem se divertir onde quer que estejam, e eles gastam seu tempo com esta diversão. Eles gostam de lugar sujo e ar empoeirado e, também, de desfrutar de hotéis 5 estrelas, de luxo e de conforto. Eles gostam de onde quer que estejam, e de quem quer que esteja com eles. Eles são sempre positivos. Eles são felizes e, portanto, eles são capazes de fazer os outros felizes e de ajudar os outros. Eles levantam-se acima de todas as projeções negativas e estiveram redescobrindo o dom primordial. Agora eles têm os meios especiais para divertirem-se onde quer que vivam e com quem eles estiverem. Então, quando eles dizem que estão prontos para ajudar a linhagem, eles estão prontos para me ajudar, e eu estou inteiramente pronto para aceitar a sua oferta, porque eles estão realmente prontos! Eles não vão me dar dores de cabeça depois, com certeza! Gostaria também de dizer que como mestre, eu me sinto muito orgulhoso deles! De alguma forma, eles me dizem que eu tenho feito um bom trabalho. Não estou dizendo que eles se tornaram Buddha e que não vão cometer erros. Eles vão continuar a cometer erros, porque eles são seres humanos que vivem em samsara. Mas eles terão mais uma chance de melhorar por causa da abertura que possuem, e mais espaço para receber as instruções ou bênçãos.

Nunca pode ter algo pior do que ver os meus próprios alunos reclamando, sem melhorarem. Principalmente quando eles estão reclamando sobre coisas sem sentido causadas por sua própria arrogância e sua falta de compreensão. Não é porque eles não são inteligentes, mas porque o seu ego é gordo, com sobrepeso e se recusa a abrir e a deixá-los abrirem-se. A queixa é principalmente devido a não se ter qualquer sentido de tolerância. Eles querem que todos edstejam em sua caixa. Às vezes eles me querem para a sua caixa também. Eles obviamente não pode ter um sentido de tolerância, porque eles não têm senso de captar a parte positiva das pessoas e das coisas ao seu redor. Essa é a principal área que eles precisam trabalhar muito para melhorar.


Alguns dos meus amigos e alunos estão sofrendo de indigestão espiritual. Eles são tão experientes que não pode ouvir ninguém, que não pode aceitar qualquer um. Tudo lhes torna aborrecidos. Mesmo que eles façam a prática formal muito bem, como a conclusão de 20 conjuntos de Ngondro, anos de retiro, anos de recitação de mantras, se este tipo de prática rígida não está melhorando a compreensão e tolerância e, ao invés disso, está é aumentando o seu ego e os mal-entendidos, isto é o que eu chamo de indigestão espiritual. Você deve sempre verificar-se: você se torna melhor ou pior após a sua prática ngondro, após o seu retiro e depois da sua recitação de mantras? Pode parecer superficialmente que você está melhor, mas quando o verdadeiro teste vem, você irá falhar, pois a prática espiritual não tem transformado sua mente. No entanto, a coisa boa é que se você está ciente de que falhou, então, como um praticante genuíno e bem espiritual, você vai se levantar como um trator e tentar de novo. Depois, verifique novamente se você está fazendo melhor. Se você está reclamando menos, se está cada vez mais vendo todas as circunstâncias, positivas e negativas, os amigos e inimigos, os gostos e desgostos de uma forma mais positiva, especialmente no desenvolvimento dentro de sua própria mente. Veja se você está realmente se tornando mais tolerante e mais compreensivo. Isto significa que você está a melhorar, caso contrário, vá trabalhar em si mesmo novamente. O pior tipo dos chamados profissionais, são aqueles que nunca admitem que estão fora do caminho. Tudo que eles fazem e todos com quem eles se encontram não vão em uma direção positiva. Mesmo que começem com uma motivação altruísta de ajudar, eles irão em uma direção difícil, a não ser que tragam a espiritualidade para seus corações. Nada funciona se não mudar e melhorar, e a história vai continuar a se repetir uma e outra vez, de forma que um dia eles vão entrar em depressão e em auto- negação porque, depois de desgostar de todos neste mundo, eles só têm do que se queixar e reclamar. As pessoas enlouquecem por causa disso. A indigestão espiritual pode torná-lo louco.


Sempre que eu dou algum trabalho para alguéma fazer, este é um teste também. Querer ir para o teste de novo, ou não, após ter falhado uma, duas ou três vezes, é até um desejo individual, se eles estiverem realmente buscando a iluminação, ou se eles estiverem apenas à procura de outra coisa. Então, seria muito triste sobre a nossa “escola de treinamento” particular, se nós, como gurus, só tivéssemos uma aula simples para ensinar a cada um de vocês como redescobrir seu próprio tesouro talentoso. Para algumas pessoas é preciso um tempo muito longo e, para outros, pode demorar tão pouco tempo que algumas horas de conversa poderia levar a uma mudança positiva. Eu acho que depende do nível de karma negativo ou positivo ou da arrogância e do ego.


Temos que entender que ninguém neste mundo sabe tudo. Todos nós convivemos com todos neste universo, convivemos com a natureza e com os seres da natureza. Eles não são excluídos. Pare de culpar os outros por sua infelicidade. Ninguém pode fazer você infeliz, exceto você mesmo. Cada um de nós tem um presente escondido, vá e redescubra que este presente é viver uma vida feliz!



* O termo “guru” surge nas antigas escrituas da Índia como uma metafórica representação da escuridão e da luz, no qual o Guru é visto como aquele que dissipa a escuridão. Nesse contexto, a silaba gué descrita como “escuridão” e rucomo aquilo que a dissipa (a luz), ou seja, o Guru é “aquele que dissipa a escuridão” da ignorância com a luz de suas qualidades, conhecimento e realização espiritual.

Uma outra notável interpretação etimológica do termo “guru” o toma como um adjetivo utilizado para indicar algo “pesado”, seu oposto seria laghu“leve”. O adjetivo “pesado, de peso ou profundo” é usado no sentido de “repleto de conhecimento”, “repleto de sabedoria espiritual”, “repleto de boas qualidades e de realização”. De forma similar, gu seria a forma abreviada de gunaque significa “boas qualidades” e rua abreviação de runa, significando uma “coleção” ou “reunião”, denotando “aquele que reune todas as boas qualidades” ou “que é dotado de uma coleção de boas qualidades”. Também, significa “oculto/escondido” desde guhya e “corpo/forma” desde rupa, significando que a completa extensão das qualidades que os guruscorporificam (ru) são ocultas (gu) à nossa percepção ordinária ou ultrapassam a nossa capacidade de imaginação. [Nota do Comitê de Tradução Drukpa]
 
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 S.S. Gyalwang Drukpa possui grande apreço por aqueles que lhe acompanham.
Como uma demonstração de afeto ele escreve sobre as vivências junto a Sangha,
aproveitando-as como base para os ensinamentos espirituais.
Expressando sua visão de maneira singela, S.S. a  conecta aos acontecimentos globais e
aos artefatos da existência humana.
Não é raro que a leitura dos textos gerem insigts que podem nos inspirar e nos auxiliar
a ultrapassar os obstáculos que surgem pelo caminho.


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