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Como é que não estamos iluminados?


Se alguém refletir genuinamente sobre renúncia, não se trata de desistir de coisas externas como dinheiro, deixar a casa ou a família. Isso é fácil. A renúncia verdadeira é abrir mão de nossos queridos pensamentos, de todo nosso deleite nas memórias, esperanças e devaneios, nossa tagarelice mental. Renunciar a isso e ficar nu no presente, isso é renúncia.
O fato é que dizemos que queremos a iluminação, mas na verdade não queremos. Apenas porções de nós quer a iluminação: o ego que pensa como isso seria bom, confortável e prazeiroso. Mas realmente abandonar tudo e ir atrás? Poderíamos fazer isso em um instante, mas não fazemos.
E a razão é que somos muito preguiçosos. Ficamos paralisados pelo medo e letargia — a grande inércia da mente. A prática está lá. Qualquer pessoa no caminho budista certamente conhece essas coisas. Então, como é que não estamos iluminados? Não temos ninguém para culpar a não ser nós mesmos.
É por isso que ficamos no Samsara, porque sempre achamos desculpas. Em vez disso, devemos nos despertar. Todo caminho budista é sobre despertar. Ainda assim, o desejo de continuar dormindo é tão forte. Independente de quanto dizemos que iremos despertar para ajudar todos os seres sencientes, na verdade nós não queremos isso. Gostamos de sonhar.
Tenzin Palmo (Inglaterra, 1943 ~): “Cave in the Snow”, loc. 3208

Grato ao blog: 
Darma.info

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