Pular para o conteúdo principal

É natural sermos egoístas... até que vemos uma alternativa.

Publicado com o título "Vidas mais amplas"




É natural sermos egoístas, querer o que queremos; e inevitavelmente somos egoístas, até que vemos uma alternativa. A função do ensinamento em um centro como este é ajudar a vermos a alternativa e nos perturbar em nosso egoísmo.

Enquanto estivermos capturados pelo primeiro ponto de vista, governados pelo desejo de se sentir bem, em êxtase ou iluminado, precisamos que nos perturbem. Precisamos ficar incomodados. Um bom centro [de darma] e um bom professor auxiliam nisso.

Não venha a este centro para se sentir melhor, não é para isso que esse lugar serve. O que quero são vidas que se tornam mais amplas, para poder cuidar de mais coisas, de mais pessoas.

Por Charlotte Joko Beck (EUA, 1917 ~ 2011) em “Nothing Special”, loc. 873


CHARLOTTE JOKO BECK ~ Professora de Zen, foi responsável pelo Centro Zen de San Diego ("San Diego Zen Center"). Na década de 60 treinou com os Roshis Hakuun Yasutani e Soen Nakagawa. Em 1983 transformou-se na terceira Herdeira do Dharma de Roshi Hakuyu Maezumi do Centro Zen de Los Angeles ("Zen Center of Los Angeles"). Atualmente ensina em San Diego, EUA.

Charlotte Joko Beck transmitiu o Dharma para os seguintes discípulos: Larry Christensen; Anna Christenson; Elizabeth Hamilton; Barry Magid; Elihu Genmyo SmithDiane Eshin Rizzetto

É autora de dois livros: Everyday Zen: Love and Work (Sempre Zen: Como Introduzir a Prática do Zen em Seu Dia a Dia), 1989. Nothing Special: Living Zen (Nada Especial: Vivendo Zen),1994.

Um capítulo que discute seu trabalho pode ser encontrado no livro de L. Friedman, "Meetings with Remarkable Women: Buddhist Teachers in America" (Reuniões com mulheres notáveis: Professores budistas na América), 1987. Boston & Londres: Shambhala.Charlotte Joko Beck e seus Sucessores do Dharma iniciaram em 1995 a Escola Zen da Mente Comum ("Ordinary Mind Zen School").

Joko Beck faleceu dia 15 de junho de 2011, às 07h30, aos 94 anos. Deixando quatro filhos naturais e um incontável número de filhos no Dharma. 
De acordo com a conta no 
Twitter da professora de Zen Joan Halifax Roshi, as últimas palavras da professora Joko Beck foram:

“Isto também é maravilha.” 
(“This too is wonder.”)

Uma aluna da Monja Isshin indicou uma excelente entrevista (em inglês) da Joko Beck da edição de verão, 1998 da revista Tricycle, comentando “Recomendo essa entrevista pra quem quiser conhecer o estilo corajoso e “direto ao ponto” de Joko: “Life’s not a problem” (A vida não é problema).

. ler uma palestra de Joko Beck: A Função de um Centro Zen









Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

CONVERSAS ANÔNIMAS! VOCÊ, SEU NARCISISTA!!!

Gostaria de falar sobre esta postagem: Nada mais comum que uma postagem cheia de senso comum e conhecimento vulgar com uma compreensão enviesada do mundo. Tudo bem até aí? Só que não. Uma postagem assim além de reforçar o senso comum, lhe da uma validade. O que é ERRADO! A afirmação de que todo psicopata é narcisista é "FALSA"! E induz ao erro e preconceitos. Primeiro que não explica de que narcisismo se esta falando , segundo porque também não explica que o termo “psicopata” não é um diagnóstico válido descrito! Nem   está incluído no CID-10 e nem mesmo no DSM-5 ou em qualquer outro manual! Existe um natural "Narcisismo saudável", uma fase do comportamento que visa atender as próprias necessidades de forma equilibrada e respeitosa, sem prejudicar ou explorar os outros. Uma pessoa com narcisismo saudável tem uma autoimagem positiva, uma autoestima elevada, uma autoconfiança adequada e um nível aceitável de auto importância. O narcisismo saudável pode ser visto com

TERAPEUTAS... são imperfeitos.

  “Médicos são tão f*didos quanto nós”: como Shrinking quer descomplicar a terapia Nova série da Apple TV+ acompanha psicólogo que decide abandonar as “boas práticas” e se mostrar mais humano para seus pacientes 5 min de leitura MARIANA CANHISARES 26.01.2023, ÀS 06H00 ATUALIZADA EM 31.08.2023, ÀS 12H12 No conforto — ou seria desconforto? — da terapia, é rápido presumir que o psicólogo do outro lado da sala tem sua vida em ordem. Esta é, afinal de contas, uma relação unilateral: um revira os dramas e dilemas do passado, do presente e do futuro, enquanto o outro ouve, pergunta e toma notas. Não há propriamente uma troca — ao menos não no sentido isométrico da expressão. Porém, essa visão, corroborada por vezes pela cultura pop, não corresponde à realidade, como analisou, entre risos, o produtor, roteirista e diretor  Bill Lawrence  ( Ted Lasso ), em entrevista ao  Omelete .  “Nos Estados Unidos, quando se faz uma série sobre médicos ou terapeutas, geralmente eles não são pessoas falhas o

Barabim... barabum... baraBeakman!!!

Quase todo nerd na faixa dos vinte ou trinta anos assistiu a alguma das experiências científicas do programa ''O Mundo de Beakman'' . Com um inconfundível jaleco verde e ideias malucas na cabeça, ele conquistou fãs por todo o mundo. Paul Zaloom, ator que interpretava o cientista maluco, esteve no Brasil e falou sobre ciência e do sucesso dele no nosso país. Ele atendeu ao blogueiro d o "O Manual do Mundo" (que recentemente atingiu a casa dos 60 milhões de views) que comemorou a marca presenteando o seu público com a entrevista com   Paul  ~ professor maluco de penteado irado  Beakman ~   Zaloom , em pessoa. Para quem não conhece "O Mundo de Beakman" foi uma série exibida no Brasil na década de 1990, na TV Cultura, e reprisada algumas vezes nesse e em outros canais. O programa, extremamente dinâmico e divertido, foi marcante para quem nasceu na década de 1980 e para os que assistiram depois. Paul Zaloom veio para São