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Budismo como psicologia

Sempre apontei o Budismo (mesmo fora do Zen) como algo que é tido como "religião" por pura falta de expressão adequada na época de sua introdução no ocidente. Noutra época poderia se dada enfase

Tem o problema também que a psicologia no ocidente se prende como  sua finalidade última a "manutenção" estruturação (ou reestruturação e edificação) do "eu" e a sua relação com a sociedade vigente em sua época e história... Mesmo Roger e os humanistas existencialistas abraçaram esta função como parte importante da psicologia como um todo.

Digo isto porquê, para mim, a psicologia NÃO DEVE ter como sua finalidade última a "manutenção" estruturação (ou reestruturação e edificação) do "eu" e a sua relação com a sociedade vigente em sua época e história, mas ir além disto... apontar um caminho de transcendência.

Daí eu ser entusiasta da ideia da "psicologia Budista" ou de tergiversar sobre o Budismo mais como uma "psicologia" que "religião" ou que uma filosofia.

Entre as religiões que conheço não existe nada que se aproprie tanto de instrumentos que são pares com a psicologia quanto o Budismo. Mais até que muitas linhas ditas psicológicas, vide a pseudo psicologia cristã do Malafaia e da Marisa Lobo que, diga-se de passágem, NÃO TEM SUAS IDEIAS E TERAPÊUTICAS RECONHECIDAS (será que posso usar o termo terapêutica para aquilo) por NENHUM Conselho de Psicologia.






Eu podia desenvolver o tema sobre a ótica do "'Transformações na Consciência'", do Thich Nhat Hanh, ou do Budismo, Psicologia Do Autoconhecimento dos Georges da Silva e Rita Homenko que são mais conhecidos, mas desta vez não.

Vou exemplificar com uma citação de um Tibetano, que resume bem minha posição genérica sobre o Budismo e sua prática Dzigar Kongtrül Rinpoche: 
O estudo e prática do darma referem-se a realmente compreender nossos próprios hábitos, ter insight sobre eles a partir de um ponto de vista muito claro e objetivo, e depois encontrar os meios hábeis para trabalhar com esses hábitos. [...]  
Estude os problemas primeiro, depois faça uma ponte com as práticas budistas [...]. A mente precisa ser abraçada com sabedoria. Dê à mente algo para fazer que seja o oposto de como ela normalmente reage. Use a energia da mente positivamente. Se você não fizer isso, o hábito pode ficar muito mais explosível e difícil. 
Para ser mais esperto que seus hábitos, você precisa conhecê-los. Quando está inconsciente, os hábitos podem te controlar. Se estiver consciente deles, eles não têm como te fisgar.

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